Existem 24 fatores ambientais, comportamentais e fisiológicos que afetam a saúde. Destes, apenas cinco - desnutrição infantil, práticas sexuais de risco, consumo de álcool, hipertensão arterial e falta de água potável, saneamento básico e higiene - são responsáveis por 15 milhões de mortes, a quarta parte das 60 milhões que ocorrem a cada ano no mundo.
Caso esses fatorem fossem controlados, a expectativa de vida da população poderia aumentar em até 15 anos. Esta é a conclusão do relatório "Fatores de riscos globais" (Global Health Risks, em inglês), da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgado em outubro.
"Mais de 1/3 do total de mortes de crianças ocorrem por causa de desnutrição ou amamentação inadequada", disse o coordenador do programa da OMS sobre mortalidade e morbidade, Colin Mathers.
Oito dos fatores de risco são responsáveis por mais de 75% dos casos de doenças coronarianas, a principal causa de morte em escala mundial. São o consumo de álcool, hiperglicemia, tabagismo, hipertensão arterial, índice de massa corporal elevado, hipercolesterolemia, baixa ingestão de frutas e verduras e sedentarismo. A maioria desses é registrada nos países em desenvolvimento.
"Compreender a importância relativa dos fatores de risco para a saúde pode ajudar os governos a configurar suas políticas sanitárias", acrescenta Mathers. "Em muitos países existe uma mistura complexa de fatores de risco."
Outras conclusões da OMS
- Nove riscos ambientais e comportamentais são responsáveis por 45% da mortalidade por câncer em todo o mundo.
- Em escala mundial, o excesso de peso e a obesidade causam mais mortes do que a desnutrição.
- Ambientes insalubres e perigosos são responsáveis por 25% da mortalidade infantil.
- O tabagismo provoca 71% das mortes por câncer de pulmão.
- Nos países em desenvolvimento, diversas carências nutricionais facilmente remediáveis são a causa de 1 morte em cada 38 crianças antes de completar cinco anos.
- Os dez principais riscos que podem ser evitados reduzem a esperança de vida em quase sete anos em escala mundial, e em mais de dez anos na África.
Mais informações: Global Health Risks (www.who.int)
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